Chegamos no Uzbequistão a pouco mais de 3 meses para sermos a primeira presença das Irmãs Missionárias da Consolata neste país localizado na Ásia Central e que pertencia à antiga União Soviética. Por ser um país mulçumano, a Igreja Católica é organizada em uma única Administração Apostólica, elegida por São João Paulo II em abril de 2005 e confiada à Ordem dos Frades Menores Conventuais.
A Catedral é dedicada ao Sagrado Coração de Jesus e está localizada na Capital Tashkent, onde encontra-se a residência do Bispo. Existem em todo o país 6 paróquias, 3 congregações femininas, 2 masculinas e apenas 700 católicos praticantes.

Mas você pode estar se perguntando: “Como vocês foram abrir uma comunidade em um país tão distante e desafiante?”
Tudo começou no nosso XII Capítulo Geral que pediu à Direção Geral de constituir a Delegação Ásia e continuar o discernimento sobre uma possível nova abertura em um país de maioria não cristã. Depois de muita reflexão, oração e diálogos com o Bispo D. Jerzy Maculewicz, O.F.M., responsável pelo Uzbequistão, a Direção Geral decidiu abrir uma comunidade no Uzbequistão.

A Paróquia onde moramos tem como Padroeira Nossa Senhora da Misericórdia e está localizada em Urgench, uma pequena cidade que fica a cerca de 1000km de distancia da capital Tashkent. É próprio aqui que o Bispo queria a nossa presença para podermos contribuir no serviço pastoral da paróquia que conta com uns 15 católicos e que recebe também os jovens estudantes que residem aqui enquanto estudam na Universidade, vindos da Índia e do Paquistão.
Por agora estamos em processo de adaptação. Além disso, temos o desafio da língua, já que temos que aprender tanto o russo como o uzbeque para nos comunicar com as pessoas e os cristãos católicos que frequentam a nossa Paróquia.

Tudo por aqui é controlado e os poucos católicos que existem vivem com medo de serem descobertos, já que o catolicismo não é bem aceito entre os mulçumanos. Por isso, uma das maiores missões que temos neste momento é rezar por este país, tanto pelos católicos como pelos mulçumanos, pois são pessoas muito acolhedoras, silenciosas e gentis, mas que não se abriram ainda a novas possibilidades de seguir uma outra religião com liberdade.

Se Deus permitir que continuaremos aqui, temos a esperança de continuar transmitindo este nosso Amado Jesus com o nosso testemunho de vida, com a nossa intercessão e apoio, com o nosso sorriso e até mesmo com o nosso silêncio. Que nossa Mãe Consolata e nosso Pai Fundador São José Allamano, abençoe a todos os povos que ainda não conhecem a verdadeira consolação, Jesus Cristo, e que consolem aqueles que são perseguidos por aceitarem a fé e irem contra a maioria. Amém!